quinta-feira, 7 de maio de 2009

Vem aí!!!


Nos próximos programas passaremos a exibir músicas deste album, de um grupo que recentemente descobri. O som deles é sensacional. Fui pesquisar e achei esse artigo falando deles:


Convergência de Virtuosos do Jazz

Grupo de jazz Mallavoodoo lança Soma, álbum que devolve a coesão de uma obra que reúne habilidades de seus integrantes
Em 2001, o grupo de jazz Mallavoodoo comemorou cinco anos de existência com o lançamento do seu primeiro álbum, O inverno e a garça. Agora, aos 10 anos o quarteto chega a seu segundo CD, Soma, também independente. O lançamento ocorre hoje dentro da programação da Semana da música do Conservatório Pernambucano de Música.
O evento do CPM, que tem início ás 17h, conta ainda com as apresentações de Noise Viola, Anynote e Contrabanda. O Mallavoodoo faz o encerramento, a partir das 19h30.
Formado por Thales Silveira (contrabaixos acústico e elétrico), Mário Lobo (teclados e saxofone), Alexandre Bicudo (violões e guitarras) e Misael Barros (bateria e percussão), o Mallavoodoo faz um jazz contemporâneo marcado pela fusão. Apesar de sofrer influência dos ritmos regionais, contudo, seus integrantes conseguem um resultado mais próximo do conceito universal do gênero.
Para músicos virtuosos que são, uma década de união dos membros originais – Thales, Mário e Bicudo – faz com que esse novo trabalho demonstre ainda mais segurança e consistência. Apesar de recente formação, Misael – que substitui o não menos talentoso Ebel Perrelli, agora envolvido em outros projetos – é igualmente experiente e versátil na cena musical recifense e parece ter se adaptado bem ao conceito e à metodologia do grupo, que prima pela disciplina e perfeccionismo.
Soma, titulo do CD, é também a exposição de uma característica, que já havia no primeiro álbum e que agora aparece mais explícita. A exemplo do primogênito, este segundo possui nove composições individuais dos membros-fundadores – cada qual arranjada por seu autor – nas quais eles demonstram o melhor da aptidão musical individual. O décimo e último tema do disco repete o processo da faixa final do CD anterior, composta em conjunto, desta vez, pelo trio Thales-Mário-Bicudo. Juntos, os dez temas mais uma vez formam uma unidade ímpar, um dos motivos pelos quais o álbum foi batizado de Soma (as outras razões passam por referências literárias e espiritualistas).
Mais uma vez, ainda, os autores voltam a mostrar versatilidade na execução de tipos diferentes de seus instrumentos. Thales com contrabaixos acústicos e elétricos – fretless (sem traste) e Fodera de seis cordas; Mário com teclados e sax soprano; Bicudo com guitarras e violões com cordas de aço e de náilon; e Misael com bateria e percussão.
Apesar de ficar pronto apenas agora, o projeto Soma já tem três anos. Desde então, Thales que assina a produção, só conseguiu viabilizá-lo em 2005, quando o trabalho foi aprovado pelo Sistema de Incentivo à Cultura de Recife. Com apoio cultural da empresa Cidade do Recife Transportes S.A. (CRT), o disco foi gravado no estúdio Via Som e masterizado por Ricardo Garcia no Magic Master, no Rio de Janeiro. Sai com tiragem inicial de mil cópias.


Por: Marcos ToledoJornal do Commércio - Caderno C - Música

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Cena de jazz no Vale

Os bons espaços pra música ao vivo na nossa região são raros.
Há bares com música ao vivo, mas geralmente o que se encontra são ambientes focados em rock e pop e, em outros casos, MPB.
A pergunta que eu sempre faço é: há lugares que tocam jazz? Blues? Bossa Nova? Sabemos que São Paulo tem uma intensa movimentação em torno do jazz, mas o mesmo parece não ocorrer por aqui. Talvez falte até mesmo um espaço adequado. O Vale é pobre em casas de espetáculos e a música fica circunscrita aos ginásios esportivos (shows de grupos/artistas mais populares) e a bares e/ou restaurantes que abrem espaço para a música.
Uma das raras exceções é o SESC. Volta e meia uma de suas unidades aqui na região traz bons espetáculos, com espaços adequados e bom som. Mas parece ser só...
E deve haver bons músicos que se dedicam ao jazz e a bossa nova por aqui. Ou não?!
Manifestem-se.

Lançamento

No próximo dia 23 de junho, Kurt Elling, lançará o álbum “Dedicated To You: Kurt Elling Sings The Music Of Coltrane And Hartman”, seu segundo álbum pela Concord Jazz. A gravação feita ao vivo ocorreu em Janeiro deste ano em Manhattan como parte da série “Songbook” de canções norte-americanas do Lincoln Center. As doze faixas apresentam o saxofonista Ernie Watts , “The Laurence Hobgood Trio” e o quarteto de cordas ETHEL.
O novo projeto de Elling começou em sua cidade natal “como uma ideia sugerida pelos meus amigos do Chicago Jazz Festival”, ele afirmou. “Eles me telefonaram e perguntaram-me se eu poderia trabalhar o material de John Coltrane/Johnny Hartman para um projeto que eles tinham. Fiquei feliz pela ideia , mas não me interessou simplesmente reiterar o material já existente. Assim, questionei se poderia fazer ao meu modo”.
O programa passou por várias fases, mas um aspecto era consistente : O desejo de Elling utilizar um quarteto de cordas , primeiro com um baixo acústico e depois com um trio de jazz completo liderado por Hobgood, seu antigo companheiro musical, pianista, que , também , é autor da maioria dos arranjos. Elling convocou Ernie Watts para atuar no saxofone e o quarteto ETHEL, e o grupo passou a excursionar com o projeto. A resposta para o programa foi maravilhosa e Kurt decidiu gravá-lo ao vivo em Nova York no “Allen Room” no Lincoln Center.O disco inicia com uma interpretação introdutória de “All Or Nothing At All,” onde a interconexão entre o vocal de Elling e o saxofone de Watt referencia imediatamente o original de Coltrane/Hartman . Enquanto as inovadoras interpretações das canções tais como “Autumn Serenade” , “Nancy With the Laughing Face” e “You Are Too Beautiful” são exemplos definitivos de como se mantém a essência verdadeira de uma canção.“Quando você ouve aqueles grandes mestres , como Coltrane, e imagina o incrível presente que Deus deu para aquelas pessoas , não há exagero em enfatizar a importância deles para o mundo do jazz, do mundo em geral. E nós tivemos mais consciência deste fato quando realizamos o trabalho”, declarou Elling .

Fonte : Downbeat

Arquivo do blog