sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Um bom artigo

Direto do http://www.sojazz.org.br/

Por Newton Mendonça

RUY CASTRO

RIO DE JANEIRO - A música popular pode ser cruel. Dois homens passam anos compondo juntos, fertilizando-se um ao outro e, por vários motivos -um é cantor, o outro não; um é tímido, o outro, exuberante; um morre cedo, o outro segue freneticamente ativo-, o segundo engole o primeiro e, talvez "malgré lui", torna-se o único autor do que fizeram a dois.Foi assim com Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, criadores do baião; com Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, autores de "Folhas Secas", "Pranto de Poeta", "A Flor e o Espinho"; e também assim com Tom Jobim e Newton Mendonça, autores de, entre outros, "Desafinado", "Samba de uma Nota Só" e "Meditação". Mas, para o vulgo, só houve Luiz Gonzaga, Nelson Cavaquinho e Tom.
Newton Mendonça não cantava, era muito retraído e morreu aos 33 anos, em 1960 -justamente quando "Samba de uma Nota Só" começava a estourar. A posteridade converteu-o em letrista de Tom, como se ele fosse outro Vinicius ou Aloysio de Oliveira. Acontece que Newton era pianista, um músico completo -tanto quanto Tom, com quem compunha de igual para igual-, e só às vezes letrista. Sem ele naqueles anos cruciais, c. 1958, não teria havido a bossa nova. Não por acaso, das sete canções de Tom que, nesses mais de 50 anos, passaram de dois milhões de execuções, estão as três com Newton, fundamentais.
Tom também morreu, em 1994, e desde então deu nome ao aeroporto internacional, ao entorno da Lagoa e a um instituto cultural e arrisca-se a virar estátua em Ipanema. Mas Newton nunca foi lembrado para batizar sequer uma sala de aula ou um torneio de peteca na praia.
Vem aí o parque da Bossa Nova, a ser construído pelo governo do Rio no Leblon. Se o chamassem parque Newton Mendonça, em homenagem ao fundador mais esquecido da bossa nova, seria uma reparação justa -e ainda insuficiente.

Fonte: Folha de São Paulo

Novidade no programa

Nos últimos dois ou três programas incluimos canções de Chiara Civello, uma talentosíssima intérprete italina, que apresenta um bom repertório jazzístico. O álbum do qual estamos retirando as canções é Last Quarter Monn, o primeiro da sua discografia (ver abaixo discografia completa).
Confira, na sequência, algumas informações sobre essa cantora:

Chiara Civello nasceu em Roma, Itália em 15 de Junho de 1975. É cantora, compositora e pianista. Suas composições têm influências claras de jazz e blues. Em Agosto de 2010, o álbum "7752", anteriormente  lançado na Itália, foi lançado no Brasil através do selo de Ana Carolina, Armazém.




Discografia

2005 - Last Quarter Moon

2007 - The Space Between

2010 - 7752

De volta

Andamos um tempinho meio afastados aqui do blog do programa mas agora estamos retomando as postagens.
Continuaremos trazendo informações sobre bossa nova e jazz, assim como as novidades do programa.
E não custa lembrar: o Bossa, Jazz & Cia. vai ao ar todo domingo, às 19h00, na FM Unitau, 107,7 Mhz.

Quintas de Jazz e Blues

O SESC Taubaté repete este ano o Projeto Quintas de Jazz e Blues, com shows no Circo.
No último dia 09 de stembro tivemos a apresentação do Chiquinho Oliveira Quarteto, com repertório que incluiu clássicos do jazz, do blues e da música instrumenta brasileira.
No próximo dia 16, as 21 horas, será a vez de Derico e Trio apresentar repertório calcado em clássicos do Blues e do Jazz, trazendo composições de grandes mestres de ambos os gêneros musicais.

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