sexta-feira, 30 de abril de 2010

A maior de todas

Billie Holiday (Filadélfia, 7 de Abril de 1915 — Nova Iorque, 17 de Julho de 1959), Lady Day para os fãs, é por muitos considerada a maior de todas as cantoras do jazz.




Infância


Nascida Eleanor Fagan Gough, foi criada em Baltimore por pais adolescentes. Quando nasceu, seu pai, Clarence Holiday, tinha quinze anos de idade e sua mãe, Sarah Fagan, apenas treze. Seu pai, guitarrista e banjista, abandonou a família quando Billie ainda era bebê, seguindo viagem com uma banda de jazz. Sua mãe, também inexperiente, frequentemente a deixava com familiares.
Menina americana negra e pobre, Billie passou por todos os sofrimentos possíveis. Aos dez anos foi violentada sexualmente por um vizinho, e internada numa casa de correção para meninas vítimas de abuso. Aos doze, trabalhava lavando o chão de prostíbulos. Aos catorze anos, morando com sua mãe em Nova York, caiu na prostituição.

Carreira

Sua vida como cantora começou em 1930. Estando mãe e filha ameaçadas de despejo por falta de pagamento de sua moradia, Billie sai à rua em desespero, na busca de algum dinheiro. Entrando em um bar do Harlem, ofereceu-se como dançarina, mostrando-se um desastre. Penalizado, o pianista perguntou-lhe se sabia cantar. Billie cantou e saiu com um emprego fixo.
Billie nunca teve educação formal de música e seu aprendizado se deu ouvindo Bessie Smith e Louis Armstrong.
Após três anos cantando em diversas casas, atraiu a atenção do crítico John Hammond, através de quem ela gravou seu primeiro disco, com a big band de Benny Goodman. Era o real início de sua carreira. Começou a cantar em casas noturnas do Harlem (Nova York), onde adotou seu nome artístico.
Cantou com as big bands de Artie Shaw e Count Basie. E foi uma das primeiras negras a cantar com uma banda de brancos, em uma época de segregação racial nos EUA (anos 1930). Consagrou-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw, e ao lado de Louis Armstrong.
Billie Holiday foi uma das mais comoventes cantoras de jazz de sua época. Com uma voz etérea, flexível e levemente rouca, Sua dicção, seu fraseado, a sensualidade à flor da voz, expressando incrível profundidade de emoção, a aproximaram do estilo de Lester Young, com quem, em quatro anos, gravou cerca de cinquenta canções, repletas de swing e cumplicidade. Lester Young foi quem lhe apelidou "Lady Day".
A partir de 1940, apesar do sucesso, Billie Holiday, sucumbiu ao álcool e às drogas, passando por momentos de depressão, o que se refletia em sua voz.
Pouco antes de sua morte por overdose de drogas, Billie Holiday publicou sua autobiografia em 1956, Lady Sings the Blues, a partir da qual foi feito um filme, em 1972, tendo Diana Ross no papel principal.

Músicas de sua autoria

"Billie's Blues" (1936)

"Don't Explain" (1944)

"Everything Happens For The Best" (1939)

"Fine and Mellow" (1939)

"God Bless the Child" (1941)

"Lady Sings the Blues" (1956)

"Long Gone Blues" (1939)

"Now or Never"(1949)

"Our Love Is Different" (1939)

"Stormy Blues" (1954)

Um pouco mais sobre Cullum

Jamie Cullum (Essex, Inglaterra, 20 de Agosto de 1979) é um cantor e pianista de jazz contemporâneo inglês que está sendo considerado uma referência na recriação desse gênero musical. Recriando músicas antigas de jazz de nomes como Frank Sinatra e colocando-as em uma roupagem absolutamente nova, Jamie faz sucesso na Europa e na Ásia, onde além de covers emplaca sucesso de sua própria autoria distribuídos em cinco cds: Heard It All Before, Pointless Nostalgic, Twentysomething, Catching Tales e The Pursuit.




Fonte: Wikipedia

MON DAVID - COMING TRUE (FREE HAM RECORDS)


É cada vez mais raro um vocalista surgir fora do blues e te nocautear. Assim. Mon Davis é uma revelação. A audição do filipino é como se fosse um jantar variado com sabores de Tony Bennett, Billy Eckstine, Andy Bey e Boz Scaggs em rápida sucessão. Sua dicção é clara como uma tarde de outono sem nuvens. Sua alegria essencial e jocosa são vindas do coração. Seu bom gosto extende-se de Abbey Lincoln a Antonio Carlos Jobim e é impecável. Faz "scat" com o júbilo de Satchmo e a integridade de Kurt Elling. Nas baladas, incluindo uma maravilhosamente solene "Some Other Time" e uma brilhante "Never Let Me Go", ele rivaliza com a profundeza comovente de Mel Tormé.

Porém, na ricamente imaginativa faixa "Footprints" de Wayne Shorter com letra de Nnenna Freelon amarrada a referências com sua terra natal; na composição de Thelonius Monk "Well, You Needn't", reelaborada com letra em filipino e no bem conduzido original "Only Once " com a sensação do jazz filipino Charmaine Clamor, é que David brilha com mais intensidade.
Livremente traduzida, uma linha da homenagem de David para Monk sugere: "Eu nunca disse que seria fácil; eu só disse que valeria a pena". Melhor sentimento não teria encontrado para capturar a magia de "Coming True".

Músicos: Mon David : vocal, guitarra, percussão; Tateng Katendig : piano; Dominic Thiroux : baixo; Abe Lagrimas : bateria; Carlos David : cajón; Justo Almario : saxofone tenor; Charmaine Clamor : vocal

Faixas : 1- Footprints; 2 - Invitation; 3 - Throw It Away; 4 - Only Once; 5 - Some Other Time; 6 - There Is No Greater Love; 7 - Moonlight; 8 - Moonlight Serenade; 9 - No More Blues; 10 - Kailangan ' yan ;11- Never Let Me Go

Fonte : JazzTimes / Christopher Loudon

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