segunda-feira, 18 de abril de 2011

A voz esquecida da bossa nova

Como boa cantora do rádio dos anos 50, Elza Laranjeira (1925-1986) cantava de um tudo. Como "um tudo" deve-se entender samba, samba-canção, bolero, chorinho, baião... A voz suave e afinada de Elza não era das mais adequadas para a bossa nova. Não por ser suave e afinada, mas por ela ter aquela voz empostada, adequada a arranjos orquestrais grandiloquentes, características que a bossa nova rejeitava. Mas Elza sempre foi considerada uma das melhores intérpretes de Dolores Duran (sua gravação de "A noite do meu bem" é clássica) e quem cantava Dolores Duran fatalmente chegava a Tom Jobim. "Eu sei que vou te amar", na voz de Elza, certamente ajudou a bossa nova a entrar no mercado paulista (a cantora fazia sucesso no rádio de São Paulo; a bossa nova, como todo mundo sabe, era tipicamente carioca). E quem gravou, em 1963, um disco inteirinho com o repertório de Tom e Vinicius tem que fazer parte da História da bossa nova. Foi o que Elza Laranjeira fez, embora pouca gente se lembre disso.

Fonte: O Globo

Prontos e aguardando

Já estão gravados os programas para os próximos dois domingos, ou seja, mesmo no feriadão da páscoa teremos um Bossa, Jazz&Cia inédito e recheado de música de qualidade, como sempre.
Há novidades no playlist, como a faixa Brazilian Hime, do grupo Smooth Jazz e uma versão para o sucesso do The Cure, "Boys Don´t Cry", de uma coletânea de sucessos dos anos 1980 versados em bossa nova.
Confira as próximas edições do programa. Vai valer a pena!

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